Por que fazemos o que fazemos? 

Aflições vitais sobre trabalho, carreira e realização

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Cortella aborda questões como a importância de ter uma vida com propósito, a motivação em tempos difíceis, os valores e a lealdade – a si e ao seu emprego. O livro é um verdadeiro manual para todo mundo que tem uma carreira mas vive se questionando sobre o presente e o futuro.

O livro, lançado em 2016, rapidamente alcançou a lista de livros mais vendidos.
E você, já parou para pensar: Por que fazemos o que fazemos?

Recomendamos a leitura da obra completa! Compartilhamos a seguir algumas lições.


Qual o seu propósito?

Cortella por que fazemos o que fazemos
Foto: Divulgação

Atualmente a pergunta sobre propósito vem ganhando crescente relevância. Muita gente deseja encontrar no emprego algo que ultrapasse o mero ganho salarial.

Cortella nos leva a refletir sobre “Qual o nosso propósito?”. Qual o propósito que coloco adiante de mim?

A palavra  “propósito”, em latim, carrega o significado de “aquilo que eu coloco adiante”.  Para Cortella uma vida com propósito é aquela em que você entende as razões pelas quais faz o que faz.


“Quem começa o dia de trabalho com um nível de tristeza precisa reinventar as razões pelas quais faz aquilo que faz. Isto é, qual é o seu propósito?

Se esse for tão somente ganhar dinheiro, então, não sofra. É para isso. Pronto. Se for realizar-se, ter uma percepção autoral, obter reconhecimento, então esse ó lugar ou ofício errado.” (p. 31, Por que fazemos o que fazemos? ) 

Veja também: O Poder do Hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios


Você, robô?

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Foto: Depositphotos

A automação tem ganhado cada vez relevância, sendo vista muitas vezes como vilã. É comum ouvirmos comentários de que “perderemos nosso espaço para robôs”.

Cortella nos leva a refletir por uma outra ótica. Em Por que fazemos o que fazemos, o autor propõe que potencializamos nossa capacidade quando nos dividimos para fazer tarefas diferentes. Dessa forma, existe um potencial a ser explorado quando não temos de fazer a mesma coisa. E para isso a automação seria positiva, nos liberando para novas descobertas. 

“O trabalho feito de modo robótico é algo que, durante o século XX, foi decisivo para a alteração do mecanismo de produção. O taylorismo ou fordismo, em grande medida, acabou gerando a perda da inovação, da criatividade, o que num mundo tecnológico, é uma coisa negativa.
Por isso, se o próprio individuo fizer as coisas de modo automático, robótico, isso levará a um processo de alienação, isto é, de perda de si mesmo.” (p. 25- 26, Por que fazemos o que fazemos,)


Rotina sim, monotonia não!

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Foto: Depositphotos

“Muita gente se queixa da rotina do trabalho. Vale lembrar que rotina não é sinônimo de monotonia. O que faz com que haja um enfado em relação ao cotidiano profissional é a monotonia, não a rotina.” (pg 39, Por que fazemos o que fazemos? – Cortella)

Cortella nos faz refletir sobre a diferença entre rotina e monotonia. A rotina pode ser libertadora, pois é ela que permite a organização de uma atividade e a utilização inteligente do tempo.

O trabalho rotineiro seria um trabalho mais estruturado, organizado. O que nos entedia é a monotonia. O perigo é quando a rotina deixa de ser algo que nos prepara melhor para aquilo que estamos fazendo, e passa a ser algo que faço sem atenção. Cortella reforça ainda que nesse caso, é quando a receptibilidade se torna automatismo.

“A finalidade da tecnologia e da robotização é exatamente libertar a gente desse trabalho monótono” (p. 41)

Conheça o guia em quatro passos para mudar seus hábitos.


Quero ser autor da minha própria obra

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Cada vez mais desejamos nos ver no que fazemos, desejados mais o autoral. Para Cortella a percepção de autoria é necessária para que a pessoa se construa como um indivíduo único, que não é descartável.  

“Um sinal muito forte (…)  foi a febre dos livros para colorir durante o ano de 2015. Foi um fenômeno editorial. (…) Preencher com as cores (…) é muito pouco autoral. Ainda assim, é uma manifestação de um desejo imenso de fazer alguma coisa, de não consumir tudo já pronto.” (pés 46-47, Por que fazemos o que fazemos? – Cortella)

O trabalho também me molda. O magnífico artista Michelangelo expressou bem isso ao dizer: “Todo pintor pinta a si mesmo”. (p. 54, Por que fazemos o que fazemos? – Cortella)

Leia também: Inteligência Visual – aprenda a arte da percepção e mude sua vida.


Para ter o resultado que gostamos, nem sempre fazemos somente o que queremos e gostamos

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É animador ter a capacidade de concluir um trabalho, concluir sua obra. Mas ela requer esforço. Cortella ressalta que essa ideia de esforço não é necessariamente aquilo que nos compensa mais.  Que jogador de futebol gosta de acordar cedo todos os dias para seguir a rotina de exercícios? Ele gosta da partida, do jogo, da adrenalina, mas aquilo que cria condições para ele jogar melhor não é necessariamente agradável.

“Mas quando alguém diz “Ah, eu quero fazer só o que gosto na vida“, lamento, isso é impossível. (…) Gosto de dar aula, mas não aprecio corrigir provas. Quem gosta de ler cinquenta redações sobre o mesmo tema? (…) Mas eu não posso não corrigir, porque, se deixar de fazer isso, não terei visão de como os alunos estão aprendendo e de como estou ensinando.” (p. 83)

Cortella narra o caso do pianista Arthur Moreira Lima. Após um concerto magnífico, um jovem foi até o pianista e comentou: “Gostei muito do seu concerto, daria a vida para tocar piano como você”. Arthur, então, respondeu: “Eu dei. Foram quarenta anos de dedicação, nove a dez horas diárias de esforço.” Para ter o resultado que gostamos, nem sempre fazemos somente o que queremos e gostamos.

Lei também: A Linguagem Corporal no Trabalho – como se comunicar melhor, causar uma boa impressão e se destacar em sua carreira.


Prioridade é uma palavra sem plural

“Os caminhos que tomamos são fruto de escolhas. Vale lembrar que prioridade é uma palavra sem plural. Se você põe um “s”, deixa de ser prioridade. (…) A prioridade requer exclusividade.” (p. 115)


Futuro: procrastinação do presente

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” “Um dia, quando tiver tempo, vou fazer aquilo de que gosto.” Assim que tiver melhores condições, vou me dedicar ao meu sonho.” “O meu plano, quando me aposentar, é finalmente fazer aquilo que me dá prazer.” (…) Esse projeto está invariavelmente num futuro.” (pg 119, Por que fazemos o que fazemos? – Cortella)

Cortella detente que a procrastinação contínua é um distúrbio. É o campo do desejo não realizado, numa perspectiva platônica em que a pessoa se contenta com a representação do desejo.

Quem projeta que será um ator de sucesso, um pintor, não fica se imaginando desesperado tendo que ensaiar ou vender quadros, disputando mercado e passando noites em claro com crise de criação. Normalmente se imagina sendo reconhecido, aplaudido, com a galeria cheia. Cortella nos lembra que  o problema é que muitas vezes nos esquecemos de que para chegar a esse patamar há um processo desgastante. Há um processo de uso do tempo e da vida, de grande esforço.

Enquanto aguardamos aquilo que virá, não podemos deixar de viver aquilo que pode ser vivido agora. Não faz sentido ficar somente na espera.” (p. 124, Por que fazemos o que fazemos? – Cortella)


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O autor: Mario Sergio Cortella

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Cortella é filósofo, escritor, com mestrado e doutorado em educação e professor-titular da PUC-SP, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). Comentarista da Rádio CBN e Escola da Vida.

É autor de mais de trinta livros, entre eles: Qual é a tua obra?, Não espere pelo epitáfio, Não nascemos prontos, Viver em paz para morrer em paz, e da série Pensar bem nos faz bem!.

Lei mais em: O Poder do Subconsciente.


Ficha técnica: Por que fazemos o que fazemos? 
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  • Título original: Por que fazemos o que fazemos?
  • Autor: Mario Sergio Cortella
  • Editora: Planeta
  • Páginas: 176
  • 1a. Edição – 2016
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